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Mudanças e letras GARRAFAIS

PEDROCK ROCK CITY – E a Indy, heim? Anunciou uma pá de mudanças nesta terça-feira (11). Uma delas é a mudança do nome IRL para INDYCAR, tudo em maiúsculo, bem brega e ridículo. A INDYCAR vai englobar a Indy, a Indy Lights, a Star Mazda e a US F2000. É a Indy colocando de vez o Road to Indy, as três categorias menores, formadoras de novos pilotos, no mapa. E faz bem. Um sinal de que a Lights pode voltar a dar certo é a entrada, todos os anos, de pilotos de lá. Nesse já temos JR Hildebrand na Panther e o diabético Charlie Kimball na Ganassinha. (Estou devendo o post do Kimball para vocês entenderem o lance do diabetes). E ainda podemos ter James Hinchcliffe na Newman/Haas, além de outros mais.

A INDY COMEÇA A GRITAR PARA CHAMAR A ATENÇÃO

Bom. Outra mudança para 2011 é a relargada com fila de dois carros nos ovais, e isso muda muita coisa na categoria. As relargadas seriam mais movimentadas, mas mais perigosas. E isso é bem foda, porque esses atuais carros da Indy adoram sair voando. Já pensou que beleza, lá pela volta 180 em Indianápolis, bandeira amarela causada por Takuma Sato pouco depois de todo mundo já ter parado. Ninguém mais pararia, os pneus estariam gastos. Beleza. Relargada. Viso se perde lá pela 12ª colocação, toca no carro da De Silvestro e sai voando. Faz a rapa na galera. É perigoso pra caralho. O Celso Miranda já disse que os pilotos vão tentar derrubar isso. Vamos ver se conseguem.

A definição das posições dos carros nos pits também vai mudar. Antes, a classificação no campeonato definia onde as equipes e os carros ficariam. O novo esquema é bem toscão. O resultado da classificação da prova anterior é quem vai definir a ordem dos pits. Para exemplificar: o Power faz a pole na primeira prova do ano, em St. Petersburg, com Dixon largando em segundo e, sei lá, Milka Duno na terceira colocação. Então, na etapa seguinte, no Alabama, a Sweet Home, Power ficaria com a última vaga no pit-lane, Dixon com a penúltima, Milka com a anti e assim por diante. Essa nova regra é uma bobagem. Eu prefiro a anterior. [Atualizando: O Benito, assessor e faz tudo da Panther, mostrou um ponto de vista muito interessante sobre essa nova regra, que pode ser lida nos comentários ou clicando aqui.]

Outra, mas essa eu gostei. O primeiro treino do final de semana passa a ter 1h15min, sendo que os primeiros 45min serão reservados para os pilotos novatos e os que estiverem fora do top 10 da temporada. Ou seja, mais tempo de pista para os pilotos do meio e do fundão. Isso ajuda a criançada a entender melhor a pista. Mas não ficou claro se os novatos no top 10 poderão ou não correr nesse ‘treis quarto di hora’, como diria Seu Hermes, chefe do clã Borgonove. Os pilotos do top 10 entram apenas nos 30min finais. Nos outros treinos do final de semana, tudo igual para todos.

E tem a volta de Edmonton. Uma pista chata pra caramba. Mas li, sei lá onde, não lembro, que teremos um novo traçado, agora no lado leste do aeroporto. Eu acho que não muda, mas vamos ver.

Também tem um lance de os pivetes a partir dos nove anos poderem entrar nas áreas de garagem  das 500 Milhas de Indianápolis e tal, pra poderem se aproximar de seus ídolos. Antes não podiam. É a INDYCAR pensando nos futuros fãs da categoria. Pode dar certo.

É isso. Posso ter esquecido de algo. Ah, esqueci mesmo. Para 2012, o tamanho do motor foi diminuído. De 2.4 litros para 2.2 litros. Não entendo nada, nada mesmo, dessa parte mecânica, então não sei o que muda. Se algum esperto leitor souber, comente que a gente coloca aqui. [Atualizando, eis a explicação do nosso amigo leitor]

Vamos ver se essa coisarada vai funcionar. O importante é que o caubói de Indianápolis está se mexendo, tentando melhorar a Indy. E em um ano já fez muito mais que o mané do Tony George.

  1. 12/01/2011 às 20:12

    Essa questão do motor significa reduzir a potência, diminuindo a cilindrada – de 2.4 litros para 2.2 litros e compensar com uso de turbo. Uma iniciativa para aumentar a eficiência dos motores e menor emissão de Co2. E também deverá tornar o conjunto um pouco mais leve.
    O mesmo caminho já conversado na F1, com motores 1.6 litro turbo e kers. Os dois motores são um avião.

  2. Benito Santos
    12/01/2011 às 20:39

    Acho que a regra do posicionamento dos pits é boa sim, mas não só pelo simples fato do posicionamento, e sim de que além do posicionamento ser baseado na classificação da corrida anterior (separado em misto/rua e oval), as equipes perderão o privilégio de usar a média da classificação dos seus carros no campeonato para juntar seus pits.

    Por exemplo, a Andretti tinha quatro carros em 2010. Ela sempre fazia a média de pontos pra juntar os pits dos quatro carros e assim ter a vantagem de poder ajudar seus pilotos. Mesmo que na média ela pudesse perder uma posição de pit, ter seus quatro carros juntos era muito benéfico na hora das paradas. Isso porque raramente todos os carros param juntos (a não ser em caso de bandeira amarela) e não ter os equipamentos nos pits imediatamente antes do seu na hora da parada ajuda, e muito. Pode-se ganhar um ou dois segundos facilmente. Agora vai ser na base na classificação mesmo e os pilotos que forem mal vão ter que gramar lá atrás com os orelhas e também perderão a mamata de serem promovidos lá pra frente, não podendo assim evitar as típicas confusões do fundão.

    • 12/01/2011 às 21:39

      Valeu, Benito. Sempre bom ter alguém que tá lá dentro pra explicar essas coisas. Abraços e valeu por acompanhar o blog.

  3. 14/01/2011 às 01:49

    ótimas explicacoes!

  4. 14/01/2011 às 01:50

    nao tem jeito borgo, ou a dallara reforca o quesito “tanque”pra 2012 ou acidentes vao acontecer, a indy caminha pra ser uma nascar de rodas semi abertas

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